Evento sobre Consciência Negra no Instituto Hélio Amaral

Evento sobre Consciência Negra no Instituto Hélio Amaral

Publicado por Comunicação, 29/11/2019
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Na tarde desta quinta-feira, dia 28, a Secretaria de Desenvolvimento Social, através do CRAS Santa Cruz, em parceria com o Instituto Hélio Amaral e o grupo Caratinga Afro, realizou o evento “Consciência Negra”.  Participaram do encontro os grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que acontecem no espaço do CRAS Santa Cruz e no Espaço Cidadania em Dom Modesto, inclusive os idosos da Instituição Lar dos Idosos Monsenhor Rocha estiveram presentes.

“Neste mês de novembro, foi trabalhado nos grupos a temática “igualdade é conviver com a diferença”, com o objetivo de mostrar a importância da igualdade racial e de gênero. Este evento, aqui no Instituto Hélio Amaral, celebra o fechamento das atividades”, contou Priscylla Vieira, Assistente Social do CRAS do bairro Santa Cruz.

Durante o evento, os participantes assistiram uma palestra da psicóloga clínica e integrante do grupo Caratinga Afro, Juliana Isabel Castro de Oliveira, e também do professor Hélio Amaral, além de uma apresentação de capoeira. Ao final, todos desfrutaram de um café com comidas típicas da culinária afro-brasileira.

“Eventos como esse são importantes demais quando a gente pensa na discrepância que a gente ainda vive no país. Infelizmente a gente se depara com muitas situações de pobreza, de desigualdades latentes, índices de violência expressivamente voltados para o povo negro. Quando a gente se depara com o racismo, com o preconceito, seja ele explícito ou velado, nós nos deparamos também como fator de adoecimento psíquico muito grave, com impossibilidades, com frustrações e adoecimento mental dessa população que, infelizmente, não se vê representada nos espaços considerados de poder. Então a nossa luta, do Caratinga Afro, e também da sociedade civil, deve ser no intuito da valorização humana. Não adianta a gente falar que não importa um dia da consciência negra, que o que importa é um dia da consciência humana, se  a consciência humana ainda é preconceituosa e racista. Então é muito importante nós valorizarmos o ser. Estar aqui hoje enquanto Caratinga Afro, psicóloga, e pessoa da sociedade mesmo significa muito pra mim, porque eu vejo que nós temos um longo caminho a percorrer, mas nós também já avançamos bastante. A gente tem que buscar ler, conhecer os autores, os filósofos, os historiadores negros, e saber um pouco desse apagamento intelectual que tanto tem prejudicado uma parcela expressiva da população”, falou Juliana.